
O cabeça de lista do CDS-PP pelo distrito de Braga diz que o futuro Governo tem que investir mais nos transportes públicos.
«Se em Lisboa e no Porto tem havido investimento a sério em soluções de mobilidade, no distrito de Braga também tem que haver. É preciso que o próximo Governo invista a sério, seja no metro de superfície, no comboio ou no BRT», defende José Paulo Areia de Carvalho.
Disse ser já conhecedor do problema, mas esta declaração foi proferida no âmbito de uma viagem de comboio entre as cidades de Braga e Barcelos que terá demorado 57 minutos, tendo passado 27 minutos dentro de dois comboios e 30 minutos à espera de ligação na estação de Nine, concelho de Vila Nova de Famalicão. O candidato explica que a experiência de viajar de comboio entre Braga e Barcelos, obrigou-o a andar para trás, na direção de Nine.
«As cidades de Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Barcelos, que são as quatro maiores cidades do distrito, não têm ligação entre si por transportes públicos intermunicipais, o que faz de Braga um distrito sem mobilidade», criticou.
Saiu de Braga às 9h04 e chegou a Nine, no concelho de Vila Nova de Famalicão, às 9h22. Ali, onde os comboios seguem para o Porto ou para a Galiza, esperou meia hora pela ligação a Barcelos, cuja viagem demorou apenas 9 minutos.
«Não há qualquer solução integrada e intermunicipal entre, pelo menos, as cidades do chamado Quadrilátero Urbano do distrito de Braga. A falta de transportes e de mobilidade no distrito de Braga afeta uma população de 600 mil pessoas e constitui um entrave ao desenvolvimento e à qualidade de vida das populações, com consequências na habitação, no emprego e, até, no ensino», considera Areia de Carvalho.
Chamando o Governo para a solução deste problema, Areia de Carvalho frisou que cada «município por si não pode resolver este impasse, porque as competências municipais estão limitadas a cada concelho. Portanto, terá mesmo de ser o poder central a resolver isto através de investimento público a sério, porque estamos a falar da terceira grande zona urbana do país, a seguir a Lisboa e Porto».