A Câmara Municipal de Famalicão decretou, esta segunda-feira, dia de luto municipal pelo falecimento de Artur Cruzeiro Seixas, artista plástico e poeta, um dos nomes do surrealismo português que, embora não sendo famalicense, deixou grande parte da sua obra à Fundação Cupertino de Miranda.
Artur Cruzeiro Seixas faleceu este domingo, aos 99 anos de idade, em Lisboa. «Partiu um amigo de Famalicão. Um artista único cuja obra vai permanecer viva em Famalicão. O município estar-lhe-á eternamente agradecido pela projeção cultural e artística que trouxe a Vila Nova de Famalicão. Aos seus familiares e amigos expresso as minhas mais sinceras condolências», afirma Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.
Em 2015, foi-lhe atribuída a medalha de honra do município de Vila Nova de Famalicão; em 2013, Cruzeiro Seixas foi homenageado com a atribuição do seu nome a uma das principais ruas de acesso ao Parque da Devesa, em Vila Nova de Famalicão.
Em outubro tinha sido distinguido, pelo Presidente da República, com a Medalha de Mérito Cultural, pelo «contributo incontestável para a cultura portuguesa».
Cruzeiro Seixas, que viveu uns anos na cidade de Famalicão, estará sempre ligado a esta cidade em virtude do seu espólio se encontrar na Fundação Cupertino de Miranda.
Artista plástico, poeta, Cruzeiro Seixas esteve ligado ao grupo “Os surrealistas”, ao lado de António Maria Lisboa, Mário Cesariny, Mário Henrique Leiria e Pedro Oom, entre outros. Foi consagrado, em 1989, com a atribuição do Prémio Artista do Ano, e com a edição de um álbum integrando numerosos testemunhos.