A exposição “6 mil – das origens a Famalicão”, que deveria encerrar no final de janeiro, foi prolongada até ao primeiro dia de março, por sugestão de várias instituições educativas, para que mais alunos a visitem no segundo trimestre letivo, no âmbito do serviço educativo do Parque da Devesa.
O coordenador científico da exposição, o historiador Armando Coelho, fala de uma «pequena amostra do grande potencial arqueológico do concelho e do muito que há a explorar».
A exposição, que foi inaugurada em julho de 2019, está patente na Casa do Território (Parque da Devesa). São mais de uma centena de objetos arqueológicos recolhidos no território de Famalicão e que servem para contar a história do concelho. Aborda os primeiros vestígios de expressão megalítica reveladores dos começos da agricultura e da introdução da metalurgia.
A mostra, que retrata a evolução do território desde os primeiros vestígios da presença humana até à Idade Média, propõe ao visitante uma leitura pedagógica e criativa da “primeira história” do território e da sua ocupação ao longo 6 mil anos.
Nesta exposição, organizada pela Câmara Municipal, no âmbito das comemorações do 34.º aniversário da elevação de Famalicão a cidade, é possível também conhecer os projetos, as intervenções e os sítios arqueológicos do concelho, bem como todo o trabalho que tem vindo a ser realizado pelo Gabinete de Arqueologia do Município. Dá também a possibilidade de mostrar alguns objetos que se encontram dispersos por alguns museus nacionais como, por exemplo, uma ara (altar romano) da Sociedade Martins Sarmento, uma lucerna (lamparina da época romana) patente no Museu Nacional de Arqueologia e uma lâmina de piras em ouro cedida pelo Museu do Ouro de Travassos.
Há, ainda, uma reconstrução digital do Castelo de Vermoim, que terá sido atacado por vikings, durante uma incursão à região Entre-Douro-e-Minho, em 1016.