
A assembleia de credores da empresa têxtil Coelima aprovou esta sexta-feira, dia 25 de junho, a venda da empresa à têxtil famalicense Mabera por 3,637 milhões de euros. De acordo com o relatório do administrador de insolvência, Pedro Pidwell, a venda da empresa têxtil permite «salvaguardar os postos de trabalho (250) e, consequentemente, o próprio estabelecimento».
Dos 500 credores presentes na assembleia, 9,7% absteve-se na votação a favor da venda. Desses 9,7% fazia parte a Segurança Social e 216 trabalhadores. 1,6% dos credores votou contra a venda. Consequentemente, a venda foi aprovada com 89% dos credores a votar a favor.
Os credores reuniram-se também para escolher uma das três propostas para a compra da Coelima. As propostas foram apresentadas pela Mabera e pelos consórcios Mundo Têxtil/Felpinter e RTL/José Fontão. A Mabera oferecia 3,637 milhões de euros pela Coelima, enquanto que o Mundo Têxtil/Felpinter pagava 2,615 milhões de euros e a da RTL/José Fontão & Cia cedia 1,75 milhões de euros pela empresa. As diferentes ofertas propunham dar continuidade à atividade da empresa têxtil e manter os postos de trabalho existentes.
A Coelima declarou insolvência no dia 14 de abril, depois de a empresa apresentar uma quebra de vendas «superior a 60%», devido à pandemia e à não aprovação das candidaturas que apresentou às linhas covid-19. A Coelima expôs a intenção de apresentar um plano de insolvência que permitisse recuperar a empresa, mas, a 26 de maio, afirmou não ter condições para o fazer.