Passados quatro anos da constituição da Associação Casa da Memória Viva, foi inaugurada a sede, um espaço que fica no 2.º andar, sala 3, no edifício dos Correios. Abriu oficialmente ao final da tarde desta quinta-feira, dia 21, Dia Mundial da Doença de Alzheimer.
Estiveram presentes os representantes dos órgãos sociais da Associação, que é presidida por Carlos Sousa; também o presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Mário Passos; o Arcipreste de Famalicão, pe. Francisco Carreira; entre outras pessoas.
Uma representação transversal à sociedade porque o tema da demência diz respeito a todos, como frisou o presidente da Casa da Memória Viva. Carlos Sousa realçou que a sede significa, desde logo, que este projeto em torno da memória coletiva e individual é «irreversível». Além disso, acrescentou, «quer dizer que contraímos responsabilidades acrescidas com a comunidade famalicense».
Em primeiro lugar, a existência de uma sede vai permitir uma atividade regular, mencionou Carlos Sousa. A título de exemplo, revelou que o espaço vai dar condições a um grupo de entreajuda constituído por familiares e cuidadores de pessoas com demência «que tem funcionado com a nossa mentoria». Permitirá, ainda, dinamizar atividades e estabelecer parcerias com outras entidades do concelho.
À semelhança dos últimos quatro anos, a ação da Casa da Memória Viva está centrada na ajuda a doentes com demências e aos seus cuidadores e também em desenvolver ações e alertas que preservem a memória coletiva de uma comunidade.
Carlos Sousa diz que é preciso manter a comunidade informada e em alerta para esta problemática; ajudar a combater o estigma associado a estas doenças; acolher quem precisa de ajuda para que a sociedade seja mais inclusiva e não perder nenhuma das memórias coletivas de uma comunidade, por serem elo de ligação entre passado e futuro.
O presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, enalteceu a dinâmica da sociedade civil que cria associações e dá-lhes impulso, a pensar no bem-estar dos famalicenses. No caso da Memória Viva, «trata de uma área que nos preocupa a todos», reconheceu o autarca. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as demências são já a sétima causa de morte e a tendência é aumentar com o envelhecimento da população.
O autarca recordou que um dos lemas deste município é «não deixar ninguém para trás». E, por reconhecer que há muitas pessoas com doenças neurodegenerativas, Mário Passos frisou que não podia deixar de apoiar a Casa da Memória Viva nas ações em torno dos doentes e das suas famílias. «É bom ter a Casa da Memória Viva como parceiro destas ações», sublinhou.