
A Câmara Municipal editou recentemente, em dois volumes, a história do concelho, desde 1835 até 2015. Com o título “Portas da História”, apresenta textos de António Joaquim, Amadeu Gonçalves, Artur Sá da Costa e Daniel Faria, com coordenação de António Joaquim e José Agostinho Pereira. O design gráfico pertence a Raquel Bragança.
A obra «é mais um contributo para o conhecimento e aprofundamento da História de Vila Nova de Famalicão, muito particularmente desde a fundação do concelho, em 1835, quando as terras de Vila Nova se libertaram do domínio de Barcelos, conquistando autonomia política», refere Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal.
O primeiro volume explora o percurso coletivo de Vila Nova de Famalicão enquanto município, desde a sua fundação, ainda na Monarquia Constitucional, até à Segunda República com olhar atento sobre as primeiras décadas da municipalidade, a cruzada republicana no concelho e a afirmação da oposição democrática, entre outros temas.
Já o segundo volume desenvolve-se a partir da Revolução de 25 de Abril de 1974 e o papel das autarquias locais, nomeadamente o contributo de Vila Nova de Famalicão, prosseguindo pela Terceira República. Uma cronologia da autoria de Amadeu Gonçalves entre 1835 e 2015 dá-nos no último terço da obra «o esqueleto do tempo que forma os fundamentos de tudo o resto».
No texto final da obra, o coordenador António Joaquim Pinto da Silva faz referência a alguns equívocos que foi necessário destruir. «Famalicão terra sem história, foi, talvez, o paradigma que mais custou a destruir». A obra é para todos os famalicenses, com Artur Sá da Costa a garantir que «quem o fizer viverá a surpresa de ser obrigado a rever opiniões e juízos tomados até hoje como certos e consensuais», porque, a seu ver, «o que parece seguro, é que afinal temos um passado histórico. Temos uma identidade territorial, histórica e cultural».
A obra encontra-se disponível para consulta na Rede Municipal de Leitura Pública de Vila Nova de Famalicão e para aquisição na Livraria Municipal, sita na Casa do Território, no Parque da Devesa.