O Chega tem um projeto para o edifício do Complexo Habitacional das Lameiras, a que chama «visão revolucionária com identidade integrada na cidade». Assim, propõe a segmentação do complexo em seis núcleos independentes, com acessos novos requalificados, transferidos para o pátio interior, «libertando e criando entradas amplas que integram o bairro na cidade, acentuando a ligação e proximidade com o Parque da Cidade», diz em nota enviada à imprensa.
Para cada núcleo propõe revestimentos estéticos únicos, para «romper com a estética soviética e promovendo um sentido de pertença e orgulho local», sublinha.
O partido, que tem como candidato à Câmara Pedro Alves e Camilo Pinheiro como candidato à freguesia de Antas/Abade de Vermoim, quer investir numa acessibilidade universal, com rampas e elevadores para idosos e pessoas com mobilidade reduzida, «assegurando inclusão e dignidade», realça.
Segundo os candidatos, trata-se de um projeto «ambicioso, financiado por fundos nacionais e europeus» que, acreditam, «transformará as Lameiras num modelo de urbanismo humano, moderno e enraizado na identidade de Famalicão, apagando o legado visual e funcional do socialismo que PS e PSD perpetuaram».
Nesta nota à imprensa, crítica PS e PSD pela conceção do projeto e por o terem perpetuado, sem alterações. Na opinião do Chega, este complexo reflete, «tanto na sua estética cinzenta e monolítica, como na sua função desumanizante, os blocos habitacionais soviéticos: torres de betão impessoais, sem identidade, que concentram famílias em espaços segregados, prometendo igualdade, mas entregando exclusão, estigma e degradação social».
Em conclusão, os candidatos do Chega afirmam que este complexo «é o espelho da negligência socialista do PS e do PSD», que deixaram as Lameiras «como um triste reflexo de políticas que sacrificam a identidade em nome de um falso progressismo».